A (má) informação

Houve um tempo em que jornalistas punham notícias e artigos em seus jornais e revistas, ou os divulgavam em rádios e TVs, e a patuléia ignara e estúpida aceitava tudo de bom grado. Era o tempo em que jornalistas ditavam a moda, diziam o que se devia comer, o que vestir, como se comportar, quais amizades se deveria fazer e até em quem votar. Era o profissional que fazia a interface entre o poder e o populacho. Por isso, durante tanto tempo, a imprensa foi chamada de 4º. Poder.

Com o advento da internet essa ordem foi subvertida.

Se antes os incautos consumidores de mídia agiam por efeito manada, hoje, não. Nos dias atuais a informação se democratizou e todos podem passar informações daqui pra lá e de lá pra cá sem freios ou retenções. E pensar como querem. Não há mais como haver um comando geral, igual a um PCC que defina quem pode matar ou roubar. Não há mais ditames verticais. A internet estabeleceu a horizontalidade e a liberdade de expressão é usada ao limite pleno.

Dessa forma, quando jornalistas ranzinzas nativos e blogueiros que vivem com a boca no trombone INFORMAM que o Avaí cometeu uma gafe por haver colocado o Flamengo numa saia-justa, mentem descaradamente. A maioria dos jornais do país e os sites dispostos na internet apoiaram a iniciativa da direção avaiana e muitos comentaristas criticaram abertamente o clube da Gávea, indo contrariamente ao que o piloto automático anti-Zunino apontou por aqui.

A propósito, eu não lembro de ter visto comentários desmerecedores ao Avaí na mídia nacional. Exceto, claro, um ou outro, cujos nicknames eram singelamente parecidos com os de paparicadores de professores de deus aqui na província. Mas, é claro, foi uma nobre e apaixonada coincidência.

Será que é porque ainda há muitos puxa-sacos do Flamengo em nossa província? Continuam seguindo as determinações do MAL? Ou é o professor de deus que agora virou o dono da informação e pauta todo mundo?

Ou seja, os mandriões ainda estão se deixando levar como no passado.